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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Conto ficcional: Minha estranha experiência trabalhando como caseira

"Fui contratada para tomar conta de um casarão no norte da cidade, os proprietários são dois figurões envolvidos com a política local e estavam em viagem a um congresso, então fiquei encarregada de manter as luzes e câmeras ligadas, para não atrair ladrões à residência.

O quarto de visitas que me arrumaram era pequeno, e eu ainda tinha que dividí-lo com a filha doente do casal, que parece ter algum tipo de tuberculose. Não me importo muito com a presença dela, apenas gostaria que houvessem me alertado para que eu pudesse lhe administrar os cuidados adequados.

Porém, não posso mentir, a convivência é um pouco estranha. Ela não come, não bebe, não a vejo ir ao banheiro e ela não se move quando ofereço assistência. Também não consigo levantá-la, pois apesar de sua magreza, pesa como chumbo.

Contanto, como sempre fico acordada até altas horas para monitorar as câmeras da casa, comecei a perceber um comportamento contraditório a minhas experiências: toda madrugada, às 2:22 da manhã, a menina, que normalmente se assemelha a uma estátua de sal, fica parada em frente à porta do quarto, olhando fixamente para um ponto que não consigo ver, está me deixando bem desconfortável."

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