O quarto de visitas que me arrumaram era pequeno, e eu ainda tinha que dividí-lo com a filha doente do casal, que parece ter algum tipo de tuberculose. Não me importo muito com a presença dela, apenas gostaria que houvessem me alertado para que eu pudesse lhe administrar os cuidados adequados.
Porém, não posso mentir, a convivência é um pouco estranha. Ela não come, não bebe, não a vejo ir ao banheiro e ela não se move quando ofereço assistência. Também não consigo levantá-la, pois apesar de sua magreza, pesa como chumbo.
Contanto, como sempre fico acordada até altas horas para monitorar as câmeras da casa, comecei a perceber um comportamento contraditório a minhas experiências: toda madrugada, às 2:22 da manhã, a menina, que normalmente se assemelha a uma estátua de sal, fica parada em frente à porta do quarto, olhando fixamente para um ponto que não consigo ver, está me deixando bem desconfortável."